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“Sou Praça Seca! Sou Feliz!”

 

 

Carnaval a festa da alegria, a festa da felicidade... E a felicidade tem inúmeros caminhos... Nesta noite de folia, viajaremos por um novo “caminho da felicidade”, o Bairro da Praça Seca... Suas histórias e suas peculiaridades, que na magia do carnaval nos levará a um grande império... O Império da Praça Seca! 


Idos da colonização, o então “Vale do Marangá”, nome que em tupi guarani significa campo de batalha ou lugar de combate, serviu de palco para batalhas entre portugueses e índios, estes fugindo do litoral para o sertão... Outra hipótese para este nome é sobre a expedição de 1710 do francês Jean François Duclerc, que desembarcou em Guaratiba e fez penosa marcha pelo caminho de Jacarepaguá, onde teve muitas perdas em combates, antes da derrota final na entrada da cidade do Rio de Janeiro... 


E pelos caminhos felizes do nosso carnaval, dá-se a colonização em Jacarepaguá, no final do século do descobrimento do Brasil... Muitos são os personagens responsáveis pela história da Praça Seca Colonial... 


No ponto da bifurcação do novo caminho com a Estrada de Jacarepaguá surgiu um largo, que recebeu o nome de Largo do Asseca, em homenagem ao dono das terras da região, o quarto Visconde de Asseca. Por metaplasmo popular houve a supressão das duas primeiras letras, e o lugar ficou conhecido como Seca. Com a morte do quarto Visconde de Asseca em 1777, as terras do Vale do Marangá (fazendas do Engenho de Fora e do Macaco) passaram a pertencer à família Teles Barreto de Menezes, ancestrais do Barão da Taquara. O Barão da Taquara realmente pode ser considerado o Patriarca de Jacarepaguá.

 

Além das terras que doou aos empregados e amigos, ele manteve muitas escolas e consertava logradouros públicos, como aconteceu na antiga Estrada de Jacarepaguá, no Vale do Marangá. Ainda muito jovem, ele casou-se com Joana Maria Penna. Cerca de vinte anos mais tarde, em 3 de maio de 1881, esposou Dona Leopoldina Francisca de Andrade, que no ano seguinte passou a ser chamada de Baronesa da Taquara, em virtude do título recebido pelo marido... A Baronesa da Taquara continuou, durante décadas, com o trabalho filantrópico do marido.. Era chamada de "a mãe dos pobres"... 


Atualmente, as antigas terras do Barão da Taquara estão loteadas e densamente povoadas. Mas existem as casas-sedes da Fazenda da Taquara e do Engenho D’Água, que foram tombadas pelo Patrimônio Histórico, o famoso ”Casarão Verde”, que fica na rua onde está situada nossa quadra, por isso podemos dizer que estamos “no quintal do Barão...". E até mesmo a antiga senzala que pertencem aos seus descendentes. As carruagens, diligências, tropas de cargas e solitários ou grupos de cavaleiros eram os meios de transportes normais para os habitantes da região da Praça Seca chegar à cidade, através da Estrada Real de Santa Cruz, com a construção da Estrada de Ferro. o trem passou a ser a melhor opção para essa população. Considerado a grande novidade do mundo do século XIX, o trem possuía velocidade espantosa para a época. Era de vagões de madeira e locomotiva impulsionada a vapor, que foi logo apelidada pelo povo de "Maria fumaça". E nos trilhos do progresso segue nosso bairro, nossa felicidade! O acesso para a estação do trem melhorou bastante, com a implantação dos bondes de tração animal, que partiam de Cascadura e atravessavam o Vale do Marangá, pela antiga Estrada de Jacarepaguá... 


E o nosso “caminho da felicidade” é marcado por homenagens em suas ruas... No início do século XX, O Morro Inácio Dias tinha bonito visual, com densa floresta e muitas nascentes. Lá embaixo, no Vale do Marangá, os pioneiros da região possuíam vida bem diferente dos dias de hoje. O cavalo era o auxiliar mais importante do homem. Tudo era feito com ele, inclusive passeios. As mercadorias eram entregues a cavalo: correios, leiteiros, quitandeiros, tripeiros e vassoureiros. Muitas pessoas que hoje são nomes de ruas viveram e confraternizaram---se entre si na região da Praça Seca nessa época. Eles viram surgir o loteamento do vale e, ainda vivos, a homenagem de ter os nomes vinculados às ruas, devido ao pioneirismo.


A casa onde morou Cândido Benício da Silva Moreira ainda existe. Onde funcionou o Educandário Nossa Senhora da Vitória. Quando Cândido Benício construiu a casa, em 1885, o logradouro ainda se chamava Estrada de Jacarepaguá. Na década seguinte, por iniciativa do Barão da Taquara, a rua recebeu o nome atual, em virtude dos serviços prestados ao povo de Jacarepaguá pelo jovem médico e político Cândido Benício da Silva Moreira. 


Os pioneiros da região da Praça Seca: Cândido Benício, Emília Joana e Albano, Maria Luiza e Capitão Menezes, Jerônimo Pinto, Geremário Dantas, Lauro Müller, Capitão Machado, Gastão Taveira, Victor Parames, José Luciano Carneiro, Garcez e Lauro. O pavilhão da esquina da Dr. Bernardino com Pedro Teles. 


E nossa “felicidade” passa por transformações, comuns a evolução... E começam a surgir as grandes construções, os Colégios tradicionais... Ares de modernidade vão surgindo em meio ao bucolismo típico do interior... 


E “nossa felicidade” está nas lembranças do futebol aos domingos dos majestosos, Esporte Clube Parames e do Albano Futebol Clube... Da lembrança do trabalho nos engenhos... A missa na Igreja do Sagrado Coração... O doce da vida na Sorveteria Diplomata... O passeio no fim de tarde das colegiais e os clássicos do Cine Baronesa... Ah! Os saudosos bailes de carnaval no Coreto... Nossa felicidade está neste lugar... O meu Lugar! Que hoje desponta para o mundo do samba com a força de um grande Império... O Grêmio Recreativo Escola de Samba Império da Praça Seca... Império que já rasgou a Avenida com a força da magia Africana... Que foi abençoado por um “Grande Império”, o glorioso Império Serrano... Que teve a ousadia de outros grandes Impérios, com a força de São Jorge Guerreiro, lutou bravamente para ser campeão... E hoje na avenida iluminada de cores e lembranças, cruza o chão mágico do carnaval... Marcando a história com o seu nome... Desbravando barreiras, construindo sonhos! 


Hoje na Avenida nosso coração é Verde e Branco, a Praça seca um grande baile de carnaval... Personagens mágicos da história do bairro, se unem a Arlequins, Pierrôs e Colombinas para sambar na avenida... E numa só voz cantar como um brado de vitória:

 

“Sou Praça Seca! Sou feliz!”

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